quinta-feira, 12 de março de 2009

Webmail



O que é a internet?

A Internet é uma rede global de computadores que se comunicam através da linha
telefônica. Quando você se conecta com um site da web, você está conectado com a Internet. Essa rede tem em comum um conjunto de protocolos e serviços, de forma que os usuários a ela conectados podem usufruir de serviços de informação e comunicação de alcance mundial. É como usar o sistema telefônico internacional ; ninguém é dono ou controla o sistema como um todo, mas as conexões são feitas de tal maneira que ele funciona como uma grande rede.

Para quem conhece a Internet há menos de cinco anos, sua história poderá parecer surpreendente. Quem viveu nos momentos dos seus primeiros anos não poderia imaginar no que ela poderia se transformar. Os motivos do seu surgimento também estavam bem longe da vocação comercial que a Rede assumiu ao longo dos últimos anos.

Segundo o eGlobal Report, num estudo sobre a Internet realizado pelo instituto de pesquisas eMarketer, em julho de 2001, 229,8 milhões de pessoas no mundo é atualmente usuária ativa de Internet. De acordo com o levantamento realizado, esse número deve saltar para 640 milhões de pessoas até 2004, o que irá representar 14% da população acima de 14 anos. O levantamento classifica como usuário adulto ativo de Internet a pessoa que passa pelo menos uma hora por semana conectada à rede mundial de computadores e tem mais de 14 anos.

Para compreender todas essas mudanças, é preciso voltar um pouco no tempo. surgiu no final da década de cinqüenta, no auge da Guerra Fria. O Departamento de Defesa dos Estados Unidos cria a ARPA - Advanced Research Projects Agency.


1.2. Histórico da Internet

O que hoje chamamos de Internet, surgiu a partir de um projeto da agência norte-americana ARPA (Advanced Research and Projects Agency) com o objetvo de conectar os computadores dos seus departamentos de pesquisa. Essa conexão iniciou-se em 1969, entre 4 localidades (Universidades da Califórnia, de Los Angeles e Santa Barbara, Universidade de Utah e Instituto de Pesquisa de Stanford), e passou a ser conhecida como a ARPANET. Sua função era liderar as pesquisas de ciência e tecnologia aplicáveis às forças armadas e um dos objetivos era o de desenvolver um meio de compartilhar informações, sem o inconveniente da distância física, nem o risco de se perder dados e informações de um terminal destruído, em caso de combate.

Esse projeto inicial foi colocado a disposição de pesquisadores, o que resultou em uma intensa atividade de pesquisa durante a década de 70, cujo principal resultado foi a concepção do conjunto de protocolos que até hoje é a base da Internet, conhecido como TCP/IP.

No início da década de 80 a ARPA iniciou a integração das redes de computadores dos outros centros de pesquisa à ARPANET; nessa mesma época foi feita na Universidade da Califórnia de Berkeley, a implantação dos protocolos TCP/IP no Sist. Operacional UNIX, o que possibilitou a integração de várias universidades à ARPANET.

Em 1985, a entidade americana NSF (National Science Foundation) interligou os supercomputadores de seus centros de pesquisa, o que resultou na rede conhecida como NSFNET, que em 1986 foi conectada à ARPANET.

O conjunto de todos os computadores e redes ligados a esses dois banckbones (espinhas dorsais de uma rede) passou a ser conhecido oficialmente como Internet.

Em 1988 a NSFNET passou a ser mantida com o apoio das organizações IBM, MCI(empresa de telecomunicações) e MERIT (instituição responsável por uma rede de computadores de instituições educacionais de Michigan), que formaram uma associação conhecida como ANS(Advanced Network and Services).

Em 1990 o backbone ARPANET foi desativado, criando-se em seu lugar o backbone DRI(Defense Research Internet).
Em 1991/1992 a ANS desenvolveu um novo backbone, conhecido como ANSNET, que passou a ser o backbone principal da Internet; nessa mesma época iniciou-se o desenvolvimento de um backbone europeu (Ebone), interligando alguns países da Europa à Internet.

A partir de 1993 a Internet deixou de ser uma instituição de natureza apenas acadêmica e passou a ser explorada comercialmente, tanto para a construção de novos backbones por empresas privadas (PSI, Uunet, Sprint,...) como para fornecimento de serviços diversos, abertura essa a nível mundial.

1.3. A Internet no Brasil

A Internet chegou ao Brasil em 1988 por iniciativa da comunidade acadêmica de São Paulo (FAPESP - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), Rio de Janeiro (UFRJ- Universidade Federal do Rio de Janeiro) e LNCC (Laboratório Nacional de Computação Científica).

Em 1989 foi criada, pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, a Rede Nacional de Pesquisas (RNP), uma instituição com os objetivos de iniciar e coordenar a disponibilização de serviços de acesso à Internet no Brasil; como ponto de partida foi criado um backbone conhecido como o backbone RNP, interligando instituições educacionais à Internet.
Esse backbone inicialmente interligava 11 estados a partir de Pontos de Presença (POP - Point of Presence) em suas capitais.
Ligados a esses pontos foram criados alguns backbones regionais, a fim de integrar instituições de outras cidades à Internet; como exemplos desses backbones temos em São Paulo a ANSP (Academic Network at São Paulo) e no Rio de Janeiro a Rede Rio.

Mas o Brasil experimentou mesmo o acesso à Internet em 1990, graças a uma iniciativa do MCT que criou um programa de implantação da estrutura da Internet Brasileira, a RNP (Rede Nacional de Pesquisa).

Além do surgimento de empresas como a Netscape, as tradicionais empresas de informática voltaram seus olhos para esse novo mercado. Algumas mais rapidamente, como a Sun Microsystems, Inc. , cheia de inovações para a Web, como a linguagem JAVA, ou a Cisco Systems, Inc. , produzindo um dos principais equipamentos utilizados na Internet, os roteadores, que muito ajudaram a rápida expansão da Rede. Outras empresas foram mais lentas, como a gigante Microsoft Corporation . Bill Gates, seu fundador e ex-presidente, chegou a chamar a Internet de "uma bagunça sem real potencial de negócios".

Agora, no início do século 21, a Internet mantém taxas de crescimento altíssimas e novos negócios surgem a cada momento. O que é novidade hoje, amanhã poderá ser apenas uma lembrança ou tornar-se uma idéia bem sucedida que foi aperfeiçoada e adaptada à rotina da Rede. É muito difícil se prever exatamente como será o futuro da Internet, mas uma coisa é certa: a Rede terá um impacto cada vez maior na sociedade, em todo o mundo e hoje, para a maioria das empresas

A exploração comercial da Internet foi iniciada em dezembro de 1994 a partir de um projeto-piloto da Embratel, onde foram permitidos acessos à Internet inicialmente através de linhas discadas, e posteriormente (Abril/1995) através de acessos dedicados via Renpac ou linhas E1.

Em paralelo a isso, a partir de abril/1995 foi iniciado pela RNP um processo para a implantação comercial da Internet no Brasil, com uma série de etapas, entre as quais a ampliação do backbone RNP no que se refere a velocidade e número de POP’s; esse backbone a partir de então passou a se chamar Internet/BR.

Uma primeira etapa de expansão desse backbone foi concluída em dezembro/1995, restando ainda a criação de POP’s em mais estados; além disso, algumas empresas (IBM, UNISYS, Banco Rural) anunciaram ainda para este ano (1996) a inauguração de backbones próprios.


2. ADMINISTRAÇÃO DA INTERNET

Muito se fala sobre a Internet e a tendência das pessoas é imaginá-la como uma empresa, mas essa primeira impressão está bastante longe da realidade. De início, ressaltamos o que, a nosso ver, é o mais interessante e democrático na Internet: ela não é uma empresa e também não tem um "dono". O que ela é então? Se não tem dono, quem manda e toma conta? Vejamos então:

A Internet é, na verdade, um conjunto de milhares de computadores, utilizados por pessoas e instituições, interligados. Esses computadores trocam informações entre si por todo o globo terrestre. Uma analogia interessante, e por isso mesmo muito usada, é: "A Internet é um mundo virtual". A motivação para que esse mundo virtual exista e continue crescendo vem de todas as partes envolvidas e a organização necessária para isso é mantida por dezenas de instituições e comitês, criados pelos usuários e governos com essa finalidade.

Há muita liberdade na Rede. Porém, algum nível de organização precisa existir para evitar o caos. Para isso, existem vários órgãos e comitês dedicados a manter a ordem no que já existe e, principalmente, no que ainda virá a ser criado na Rede.

O mais importante para se entender é que esses órgãos e comitês, na maior parte das vezes, têm seu poder dado pela própria comunidade da Internet, de onde também vêm seus membros. Algumas dessas instituições são oficiais, criadas por governos.


2.1. No mundo

Tanto a administração quanto a operação da Internet são descentralizadas, sendo que apenas algumas tarefas não o são, tais como a coordenação das pesquisas e padrões para funcionamento da rede, e distribuição de endereços e registros de domínios para interligação à essa rede.
As principais instituições responsáveis por essas tarefas são:

» The Internet Society ( ISOC ): através de fórums, debates e publicações, procura orientar a pesquisa e utilização da Internet.
A ISOC (Internet Society) surgiu recentemente para, dentre outras atribuições, coordenar todo o processo de padronização na Internet. Para entender como a ISOC funciona, é necessário analisar suas forças-tarefa, como a IETF.

» The Internet Architecture Board ( IAB ): fundado em 1983 como Internet Activities Board, e integrado à Internet Society em 1992, coordena toda a pesquisa e desenvolvimento envolvidos no funcionamento da Internet, coordenando duas frentes de trabalho, que são os grupos de pesquisadores voluntários IETF e IRTF.

» The Internet Research Task Force ( IRTF ): grupo formado com o objetivo de desenvolver pesquisas a longo prazo referentes ao funcionamento da Internet.

» The Internet Engineering Task Force ( IETF ): grupos de pesquisadores e técnicos responsáveis pelo desenvolvimento de padrões para funcionamento da Internet; desses grupos surgem os documentos conhecidos como RFC’s (Request For Comments), que, embora tenham sido criados apenas como propostas para padronização, na prática tornaram-se os padrões oficiais da Internet.
O órgão responsável por construir os padrões da Internet, como o endereçamento IP, é a IETF (Internet Engineering Task Force). Através de grupos de trabalho criados para cada assunto específico, a IETF desenvolve e testa as novas teorias com seus engenheiros, projetistas e demais membros. Após algum tempo, que pode variar entre semanas e muitos meses, o grupo de trabalho pode lançar uma RFC (Request for Comments).

» The Internet Assigned Numbers Authority ( IANA ): mantido pelo Instituto de Ciência e Informação da Universidade do Sul da Califórnia, controla a distribuição de identificadores para serviços a serem fornecidos via Internet.

A IANA, pouco falada até agora, também é responsável pela organização dos nomes de domínio e seus respectivos endereços IP. Porém, ela delegou essa responsabilidade a outras organizações ao redor do mundo, as quais podem ser mais eficientes, por estarem mais próximas e mais concentradas nos usuários desses serviços.

» The Internet Network Information Center ( InterNIC ): composto por 3 instituições (AT&T, PSI e General Atomics) centraliza a distribuição de informações da Internet Society (RFC’s,...), além de coordenar a distribuição de endereços e registros de domínio para provedores a nível mundial.
Qualquer entidade que deseje registrar um domínio nos Estados Unidos deve procurá-la. A pessoa ou empresa interessada deve ir na página da InterNIC e fazer primeiro uma pesquisa para saber se o domínio pretendido já foi registrado. Em caso negativo, deve pedir para o seu provedor de presença um endereço IP e fornecê-lo no ato do registro. Deve também estar preparado para pagar uma taxa de inscrição e posteriormente outra de manutenção, paga anualmente.

Cada país oficialmente conectado à Internet tem um órgão similar à InterNIC. Cada um cuida do registro de nomes de domínios no seu território de forma similar à descrita acima, mas com ajustes para as leis e a realidade de cada região.


2.2. No Brasil

A Internet não conhece fronteiras e a maior parte de seus padrões são internacionais. Apenas poucos aspectos da Rede precisam ser adaptados para determinadas regiões do mundo. Neste artigo, são descritos aspectos da Internet específicos para o Brasil.

O primeiro planeja a evolução da infra-estrutura e dos serviços Internet no Brasil através de estudos, recomendações e propostas de padrões para protocolos e serviços, além de desenvolver os procedimentos para a alocação de endereços IP e registro de domínios para qualquer instituição solicitante no país. O segundo grupo pretende dotar a Internet brasileira de instrumentos para que ela seja auto-sustentável sem desviar de seus objetivos primordiais. O terceiro, como o nome já diz, trabalha pela segurança de todas as linhas de transmissão da Internet.

Como se vê, o Comitê Gestor faz no Brasil o equivalente ao que vários órgãos fazem internacionalmente, além do trabalho de adaptar à nossa estrutura e às nossas leis as práticas da Internet.

Para uma de suas responsabilidades, o registro e a manutenção de domínios, o CG designou a FAPESP . Qualquer pessoa, empresa ou instituição que deseje ter seu próprio domínio no Brasil deve registrá-lo no site .

As principais entidades da Internet no Brasil são o Comitê Gestor (CG) e a FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo). Como já visto, ao primeiro cabe recomendar as regras gerais da Internet no país, enquanto que, ao segundo, a tarefa de registrar e administrar os nomes de domínio.

Quando o CG foi criado, tomou-se o cuidado de haver representatividade da sociedade entre seus membros. Sendo assim, cada um deles é representante de um segmento importante da sociedade em relação à Internet. Seus membros representam: o Ministério da Ciência e Tecnologia; a Comunidade de Usuários; o antigo Sistema Telebrás; o CNPq; a comunidade acadêmica; os Provedores de Serviços; a comunidade empresarial e o Ministério das Comunicações.

Assim como seus equivalentes internacionais, o CG organiza Grupos de Trabalho para resolver e implementar questões técnicas da Internet no Brasil. Em 1998, contava com três desses grupos, dedicados à "Engenharia e Operação de Redes", "Economia de Redes" e "Segurança de Redes".

A missão do Comitê Gestor, segundo o próprio, é:

Fomentar o desenvolvimento dos serviços Internet no Brasil;

Recomendar padrões e procedimentos técnicos e operacionais para a Internet no Brasil;

Coordenar a atribuição de endereços Internet, o registro de nomes de domínios, e a interconexão de espinhas dorsais;

Coletar, organizar e disseminar informações sobre os serviços Internet.

A nível de redes, a RNP administra o backbone Internet/BR, através do Centro de Operações da Internet/BR; as redes ligadas a esse backbone são administradas por instituições locais, por exemplo a FAPESP, em São Paulo.
Ligado à RNP existe ainda o Centro de Informações da Internet/BR, cujo objetivo principal é o de coletar e disponibilizar informações e produtos de domínio público, a fim de auxiliar a implantação e conexão à Internet de redes locais.

Para se ter uma idéia do movimento nesse setor, vamos a algumas estatísticas levantadas em setembro de 1998:

Existem 56.977 domínios registrados no Brasil (com final ".br");

91,79% deles são do tipo (top-level) "com.br";

Em poucos meses de atividade, os novos domínios para profissionais liberais somam 837, que equivale a 1,47% do total;

Nesse período 139 médicos já registraram seus domínios, e apenas 3 veterinários;

A média diária de novos domínios registrados é de 150.

É bom que se diga que, em uma rápida visita à FAPESP, pode-se notar que seu sistema nada deve em eficiência aos seus equivalentes internacionais.

De acordo com estudo da Jupiter Media Metrix (julho de 2001), o número total de internautas no Brasil foi de 5,86 milhões nos dez principais mercados metropolitanos. O número ficou um pouco abaixo dos 5,87 milhões assinalados em maio de 2000. Já no ranking dos domínios mais visitados, o UOL permanece na primeira posição, com 78,7%, seguido da Microsoft Sites (62,2%), AOL Time Warner Network (58,2%) e Starmedia Network (46,9%). No ranking de domínios e aplicativos de mídia digital, que considera os endereços na Internet mais acessados, o ICQ Applications saltou quatro posições, chegando ao terceiro lugar, com 43,9%. No entanto, o UOL manteve sua liderança também nesse ranking, alcançando 65,8% da audiência, seguido pelo BOL (46,5%), ICQ (43,9%), MSN (42,9%) e HpG (41,7%) .

2.3. Como Funciona o Sistema

Cada país "plugado" na Internet deve ser responsável pela sua própria estrutura física de comunicação. Esta estrutura é chamada de espinha dorsal da Internet, ou backbone. O backbone possui vários pontos de presença. Em cada um destes pontos, ligam-se computadores, os "nós" da rede, com a finalidade de prover acesso à rede para o usuário final.

A informação trafega pela Internet sob forma de pacotes de dados. Assim, toda vez que uma mensagem eletrônica é enviada de um usuário a outro, esta mensagem é quebrada em vários pacotes que se reencontrarão apenas no destinatário, ainda que tenham seguido por vias diferentes, num sistema conhecido como comutação de pacotes.

A comunicação entre os milhões de computadores que compõem a Internet apenas é possível por que todos eles "falam" a mesma língua, o mesmo protocolo de comunicação. Este protocolo é o TCP/IP (Transmission Control Protocol/Internet Protocol), como já vimos. Qualquer aplicação para a Internet deve ser desenvolvida sobre esta tecnologia.

Os "lugares" na Internet são nomeados de forma única, isto é, não existem endereços (domínios) duplicados. Assim, o nome de um computador ligado à rede identifica precisamente sua localização: nib.unicamp.br é um computador, um "nó" da rede, situado no Núcleo de Informática Biomédica, dentro da Unicamp, no Brasil. E todos os usuários de correio eletrônico deste computador serão identificados padronizadamente com o nome de sua conta (login) + o nome do computador (domínio), estando em qualquer lugar do mundo.

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